O jornalista Jeff Grubb revelou no Twitter um fato que já circula há algum tempo: os jogos mais caros devem conseguir vender pelo menos dez milhões de cópias para empatar. É por isso que as grandes editoras apostam cada vez mais em grandes licenças que diminuem os riscos, como aliás é bastante evidente.
Grubb:
“Sinto como se tivesse acordado em um estranho mundo de videogames, onde os títulos licenciados são os mais importantes e tudo o que receberemos das grandes editoras pelos próximos cinco anos.
Quer dizer, eu sei o que está acontecendo. Disseram-me claramente: os maiores jogos precisam chegar o mais próximo possível de 10 milhões de cópias vendidas e fazer isso é mais fácil com uma licença. Não sei, para mim é mais um carrapato na coluna da não sustentabilidade.”
I mean, I know what it's happening. I've been flat out told: big games need to get to as close to 10 million units sold as possible, and that is easier to do with a license. I don't know. To me, that's another checkmark in the "this is all unsustainable" column.
— Grubb (@JeffGrubb) February 6, 2023
Ao que alguém lhe apontou que a história da não sustentabilidade se repete há algum tempo, desde a era da PS2. Em resposta, Grubb lembrou aos que subestimam a situação que os orçamentos para produzir jogos cresceram 50 vezes desde então e que várias grandes editoras, aquelas que querem arriscar menos, fecharam algumas franquias, como a Activision, que essencialmente produz apenas Call of Duty e pouco mais.
Resumindo, Grubb acertou em cheio. Muitas editoras já estão em fase de conservação e tentam arriscar o mínimo possível com grandes produções, contando com licenças famosas que garantem retornos mais fáceis.