Após Activision Blizzard, Xbox terá que obedecer novas regras para futuras aquisições

Phil Spencer, líder do Xbox.

Xbox e Activision-Blizzard continuam a fazer progressos significativos no andamento da negociação. Após a vitória decisiva contra a Federal Trade Commission (FTC) no tribunal, o órgão antitruste dos EUA abandonou todas as formas de oposição.

Apesar das preocupações levantadas quanto à aquisição de Call of Duty, a empresa de Redmond conseguiu fornecer todas as garantias necessárias para evitar o perigo de um possível monopólio. O recurso interposto pela FTC foi de fato rejeitado, deixando praticamente nulas as chances de o acordo ser bloqueado nos Estados Unidos.

Agora, a Federal Trade Commission, em particular, está pronta para negociar, enquanto a Comissão Européia começou a impor condições para impedir de forma plausível que tais coisas aconteçam no futuro.

A base de parte das preocupações reside no fato de que o império da Microsoft no setor de jogos é tão multifacetado que é difícil de definir, entre mobile, PC e obviamente consoles.

Com a aquisição da Activision-Blizzard, a Microsoft efetivamente teria controle sobre uma tonelada de franquias e gêneros de uma só vez. Alguns nomes para se ter uma ideia: Elder Scrolls, Fallout, Starfield, Wasteland, Pillars of Eternity, Avowed, Clockwork Revolution, The Outer Worlds, Fable , Gears, Halo, Call of Duty, Overwatch, DOOM, Wolfenstein entre outros.

Por esse motivo, como relata a Wccftech, a Comissão Europeia codificou cuidadosamente os tipos de produtos de videogame, incluindo gêneros, para poder catalogar melhor as futuras operações.

No último documento (pode encontrá-lo aqui), a comissão de controle definiu alguns detalhes relativos ao mercado do jogo:

“O Comité Consultivo concorda com as conclusões da Comissão no projeto de decisão relativamente à definição dos mercados de produtos relevantes para o desenvolvimento e publicação de jogos de vídeo segmentados por plataforma (PC, console, spartphones), por tipo de jogo de game (jogos AAA vs. jogos não AAA) e por gênero (ação e aventura, shooter/battle royale, RPG, desporto, corrida, combate e estratégia).”

Isto significa que, no caso de futuras aquisições, a Comissão Europeia poderá controlar o número de produtos detidos pela Microsoft (e quem fizer outras aquisições semelhantes) para cada gênero específico com o objetivo de evitar a criação de monopólios.

Por essa regra, a Microsoft está livre para adquirir estúdios japoneses, mas teria sérios problemas para comprar estúdios grandes de RPG, FPS ou corrida. Vale lembrar que a empresa está altamente forte neste gênero, e comprar uma CD Projekt Red pode ser problemas para eles. Por outro lado, a Sony pode ter problemas ao tentar adquirir estúdios japoneses por essa regra.

Quando Call of Duty chegar ao Xbox Game Pass, como já foi confirmado, será difícil para a Microsoft adquirir outros estúdios de desenvolvimento ou franquias dedicadas a shooters.

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