O desenvolvedor independente David Szymanski, conhecido pelos jogos como DUSK e Gloomwood, deu sua opinião sobre o Game Pass e o futuro potencial dos jogos independentes. Em suma, o dev. pensa que o domínio de um único serviço de assinatura poderia prejudicar o mercado de jogos indie.
Tudo começou quando Szymanski comentou a notícia de que Sergiy Galyonkin, diretor de estratégia editorial da Epic Games e uma das pessoas-chave por trás da EGS, deixou a Epic Games após as recentes demissões da empresa.
O desenvolvedor citou uma frase específica na declaração de Galyonkin : “A Epic Games está se transformando de desenvolvedora de jogos, criadora de motores e editora em uma plataforma – Epic 5.0”. Ele aconselhou outros desenvolvedores a “fugirem”, o que implica que esta transformação de desenvolvedor/criador em plataforma não é um bom sinal. Szymanski então criticou a Epic Games.
Alguns, no entanto, apontaram que Szymanski “adora a Valve” por fazer exatamente o que a Epic Games está tentando fazer. O desenvolvedor então respondeu: “Eu não amo a Valve, eu tolero isso”. Outro usuário escreveu nos comentários que a Epic Games é a única empresa além da Microsoft que está tentando competir com o Steam, acrescentando que “é uma loucura pintar a Epic como a vilã do mercado quando a Microsoft está por perto”.
Szymanski respondeu dizendo que tem pavor do Game Pass, para deixar claro que seu problema não é especificamente com a Epic Games: “Se este ou qualquer serviço de assinatura semelhante ultrapassasse o modelo de varejo atual, tenho quase certeza de que seria o fim de o mercado independente como o conhecemos.”
No no, don't mistake me here, I am terrified of Gamepass.
If it or any similar subscription service overtook the current store model, I'm pretty sure that would be the end of the indie market as we know it. pic.twitter.com/1rgtsOk6DT
— David Szymanski (@DUSKdev) October 2, 2023
O que David Szymanski quis dizer com suas críticas ao Game Pass?
O desenvolvedor expandiu suas críticas ao Game Pass nos comentários. Ele acredita que se o modelo de assinatura de videogame funcionasse como o das indústrias cinematográfica e musical, “os desenvolvedores receberiam quase nada por cada pessoa que jogasse seu jogo (tipo, centavos ou meio centavo) e os pagamentos de licenças são improváveis compensar esta situação a longo prazo”.
Atualmente, a Microsoft oferece contratos aos desenvolvedores que muitas vezes cobrem alguns ou todos os seus custos de desenvolvimento, mas Szymanski acredita que isso pode mudar para pior no futuro. Nesse caso, um modelo semelhante ao Game Pass poderia se tornar semelhante aos serviços de streaming de filmes e músicas, “ambos cenários infernais para empresas independentes”.
Em outras palavras, fazer jogos indie seria realmente difícil se o único método de acesso aos jogos fosse um modelo estilo Game Pass.
Obviamente, o Game Pass é uma grande ajuda para muitos videogames e desenvolvedores. Everspace 2, por exemplo, vendeu 400 mil cópias com mais de um milhão de jogadores no Game Pass.