Entre as muitas digressões de Elon Musk pelo mundo dos videogames, surgiu recentemente outro dos seus discursos ideológicos/políticos, neste caso atacando Avowed, “culpado” de reportar pronomes de gênero nas telas com as estatísticas das personagens.
Escusado será dizer que a questão partiu do habitual Mark Kern, também conhecido como “Grummz”, que agora se tornou uma espécie de líder popular para os indignados anti-woke e também com um dente particularmente venenoso contra tudo o que sai da Xbox Game Studios, portanto neste caso, matar dois coelhos com uma cajadada só.
“Estou traçando um limite”, escreveu peremptoriamente o novo comentarista em uma mensagem que se refere aos pronomes de gênero e não aos pronomes em geral, é claro.
O próprio Elon Musk respondeu a esta questão, comentando com “Inserir pronomes num game de fantasia é absolutamente inaceitável ”, demonstrando total apoio à Grummz.
Having pronouns in a fantasy video game is utterly unacceptable 😡 https://t.co/h5ISGFBJZT
— Elon Musk (@elonmusk) November 24, 2024
Para ser honesto, o que vimos até agora do Avowed nem parece colocar a questão em grande foco, considerando que a implementação de linguagem ou temas inclusivos não emergiu propriamente como uma característica particularmente visível ou difundida no jogo da Obsidian.
Tanto que Kern teve que sobrepor uma mão gigantesca com um dedo indicador apontando para deixar claro a que se referia, ou seja, a presença de um “Ele/Ele” em um canto das feições de um dos personagens em Avowed, capturado em um quadro retirado de um dos recentes vídeos de gameplay publicados no jogo.
Sob as mensagens em questão, são obviamente desencadeadas respostas sobre um fantasma “vírus da mente desperta” que supostamente está se apoderando da indústria dos videogames, portanto, neste ponto, deve-se entender se o Avowed também poderia se tornar um dos alvos como aconteceu anteriormente também em Dragon Age: The Veilguard ou não.
O peculiar é que o relato de pronomes já está bastante difundido e também está presente em jogos que não sofreram críticas de “contaminação woke” como Hogwarts Legacy e Baldur’s Gate 3, só para apontar a falta de coerência da polêmica.