Jason Schreier falou na Bloomberg sobre os exclusivos do Xbox no PS5 e como a estratégia da Microsoft é confusa em relação a essas escolhas, apresentando situações diametralmente opostas mesmo dentro da mesma marca.
Partindo do pressuposto histórico da exclusividade como principal razão para a tendência à compra de uma plataforma em detrimento de outra, Schreier rapidamente reconstituiu os acontecimentos dos últimos dez anos, relembrando como surgiram todos os problemas durante a gestão do Mattrick, que resultaram na péssima apresentação de Xbox One.
Foi a partir daí que a PlayStation se espalhou, conquistando a geração mais importante de sempre (palavras de Phil Spencer) e mantendo esta margem mesmo na comparação entre PS5 e Xbox Series por cinco para um a nível internacional.
Schreier falou então sobre como a Microsoft deixou de tornar públicos os dados de vendas de seus consoles, focando no serviço de assinatura Xbox Game Pass e em uma série de aquisições desafiadoras que levaram ao longo dos anos à compra de empresas relevantes como Bethesda e Activision Blizzard.
Three games from the same label (Bethesda), three different strategies:
Starfield – no PlayStation release
Indiana Jones – timed exclusive
Doom – same-day PlayStation releaseIt's a mess, and the people running Xbox are confounding and enraging even their most hardcore fans
— Jason Schreier (@jasonschreier) August 23, 2024
Todos pensavam que estas operações eram necessárias para preencher a lacuna óbvia com a PlayStation em termos de produções first party, dando aos jogadores do Xbox novas e importantes exclusividades que poderiam justificar a compra do console e aumentar significativamente a sua base instalada.
No entanto, desde o início deste ano a situação mudou e o anúncio de Indiana Jones e o Grande Círculo no PS5 destacou uma abordagem no mínimo confusa por parte da casa Redmond, que dentro da mesma editora (Bethesda) tem optou por escolhas conflitantes e inconsistentes.
O exemplo dado por Schreier diz respeito a Indiana Jones e o Grande Círculo, apresentado como exclusivo temporário; DOOM: The Dark Age, que será lançado simultaneamente para PC, PS5 e Xbox Series e finalmente Starfield, que é exclusivo para PC e Xbox, pelo menos até agora.
Argumento semelhante também se aplica à Obsidian, que publicou recentemente dois de seus últimos títulos, Pentiment e Grounded, no PlayStation, enquanto o tão falado Avowed está agendado para fevereiro próximo exclusivamente para PC e Xbox. Em suma, tornou-se difícil até mesmo para os usuários do Xbox entender o que se passa na cabeça da empresa.
Por outro lado, alguns jogadores do Xbox não se sentem confusos. Tem certeza de que podem jogar todos os jogos da Microsoft, inclusive no GamePass, no console, no PC e na nuvem. O problema é principalmente para usuários de outras plataformas (problema, por assim dizer). Não sei se esta é a escolha certa para o Xbox, mas para os consumidores, é uma situação em que todos ganham. Os confusos são os usuários da Sony porque não sabem se e quando o próximo grande título de gamepass chegará em seu console.
O que vocês acham?