Alguns insiders temem que a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft possa não estar totalmente segura, agora que o negócio foi submetido a mais escrutínio pelas autoridades antitruste do Reino Unido, da União Européia e dos próprios EUA.
Segundo relatos dessas fontes internas, que falaram sobre isso com o New York Post e são consideradas confiáveis, a Microsoft não esperava todos esses controles das autoridades. O aumento da pressão teria criado uma certa tensão entre as duas empresas que seria consumida nos bastidores, embora publicamente ainda mantenha a linha mais branda e condescendente.
Como de costume, o problema seria a franquia Call of Duty. A Microsoft afirmou várias vezes que não o tornará exclusivo, mas, apesar das boas intenções, após a aquisição ninguém poderá forçá-lo legalmente a deixá-lo no PlayStation, especialmente após o término dos atuais acordos entre Sony e Activision Blizzard.
Assim, a estratégia da Microsoft de apresentar o Xbox como o player mais fraco do mercado de consoles, atrás apenas da Sony e da Nintendo, pode não ser suficiente para convencer os órgãos antitruste da boa fé da empresa.
O próximo passo crucial será amanhã, 8 de novembro de 2022, quando a Comissão Europeia decidirá sobre o acordo. A Microsoft, por meio de seu representante, disse que tem feito todo o possível para obter um parecer favorável, o que fará avançar o acordo. Resta saber se isso será suficiente.
De acordo com MoffettNathanson, analista de Clay Griffin, a Microsoft pode ser forçada a aceitar termos draconianos para fechar a aquisição. Tanto que ele poderia recusá-los explodindo tudo, acrescentamos. O problema aqui é que ainda teria que pagar à Activision Blizzard US$ 3 bilhões caso não queira prosseguir com a aquisição.
De qualquer forma, no caso, a empresa de Bobby Kotick estaria arriscando mais do ponto de vista financeiro, o que poderia entrar em colapso no mercado de ações, apesar das excelentes vendas de Call of Duty: Modern Warfare 2.