A União Europeia iniciou oficialmente sua investigação sobre a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft. De acordo com o que noticiou a Reuters, o antitruste europeu enviou pesquisas a desenvolvedores para ouvir suas opiniões e possivelmente preocupações sobre essa manobra de US$ 68,7 bilhões que pode mudar drasticamente o equilíbrio do mercado.
Os desenvolvedores terão até o dia 10 de outubro para responder ao questionário, que inclui cerca de 100 perguntas que abrangem diversos tópicos, como os seguintes relatados pela GamesIndustry:
- Se o acordo afetará o poder de barganha para desenvolvedores e editores que desejam vender jogos de console e PC por meio de plataformas e serviços da Microsoft.
- Quão importante é a franquia Call of Duty para proprietários de plataformas e provedores de serviços de assinatura.
Se haveria alternativas viáveis se a Microsoft decidir tornar os jogos da Activision Blizzard exclusivos do Xbox, Game Pass e Xbox Cloud Gaming. - Se a exclusividade dos jogos da Activision Blizzard desse à Microsoft e por extensão ao Windows uma vantagem no PC.
Se a grande quantidade de dados sobre os usuários da Activision daria à Microsoft alguma vantagem no desenvolvimento, publicação e distribuição de videogames. - Se o acordo pode mudar a percepção dos consumidores sobre quais serviços de jogos em nuvem são mais atraentes.
Activision Blizzard - Como podemos ver, as questões tratadas são de grande importância e, portanto, a opção de ouvir as opiniões dos especialistas parece, sem dúvida, sensata por parte do antitruste europeu.
A Europa iniciou sua análise da aquisição da Activision Blizzard no final de setembro, com prazo definido para a fase 1 em 8 de novembro. A Microsoft também pode fornecer documentação adicional até essa data, antes de uma possível Fase 2, se as organizações europeias considerarem necessário investigar mais.
Ontem, no entanto, o antitruste brasileiro deu sua aprovação à aquisição, explicando que, em sua opinião, não levaria a um risco de monopólio e que eles não vão proteger a concorrência, mas sim os consumidores brasileiros.