A Microsoft quer examinar a possibilidade de os proprietários de Xbox poderem consertar seus consoles por conta própria, se necessário. A Redmond é a primeira grande empresa de tecnologia pronta para enfrentar o movimento Right to Repair, que exige que as empresas permitam que qualquer pessoa conserte seus próprios dispositivos.
Algumas grandes empresas de tecnologia, como a Microsoft e a Apple, estão tornando isso impossível para os consumidores porque se recusam a fornecer peças de reposição a qualquer pessoa que não seja um parceiro autorizado de reparos.
A Microsoft agora chegou a um acordo com o As You Sow, um grupo de investidores sem fins lucrativos, que em junho apresentou uma resolução dos acionistas pedindo à Microsoft que investigue os “benefícios ambientais e sociais” de um conserto mais fácil de dispositivos, de acordo com Grist.
Um consultor independente deve agora esclarecer as vantagens de um acesso mais fácil a peças de reposição e documentos de reparo, incluindo a questão da sustentabilidade. A Microsoft não publicará este estudo, pois ele pode conter segredos comerciais e outras informações proprietárias, mas um resumo público dos resultados deve ser divulgado no início de maio de 2022.
Se os resultados mostrarem que reparos menores e autodirecionados têm vantagens para os consumidores, a Microsoft planeja disponibilizar novas peças e documentação além de sua rede de reparos autorizada até o final de 2022 e iniciar novas iniciativas para ajudar nos reparos locais.
Rmbora o acordo da Microsoft seja considerado uma vitória para os defensores do direito de consertar, alguns continuam cautelosos. Nathan Proctor, do Grupo de Interesse Público de Pesquisa dos EUA, disse a Grist que a Microsoft ainda é membro de grupos de lobby que se opõem a projetos de lei de conserto.
O dilema para a Microsoft é que um dos grupos de lobby dos quais a empresa é membro se opõe às leis de conserto: A Entertainment Software Association é a associação comercial da indústria de videogames dos Estados Unidos.