A Microsoft estaria pronta para lutar na Justiça para garantir que a aquisição da Activision Blizzard fosse aprovada caso a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) entrasse com uma ação contra a empresa de Redmond para bloquear a manobra, ao menos segundo uma reportagem da Bloomberg.
A fonte do jornal, que por motivos óbvios prefere o anonimato, afirma que a Microsoft não tem conversado com a FTC sobre possíveis concessões com o objetivo de facilitar a aprovação da aquisição.
Segundo fonte da Bloomberg, a FTC está prestes a concluir as suas investigações e posteriormente os comissários do órgão vão votar para decidir se criam ou não um caso a ser levado a tribunal, confirmando os rumores relatados em uma reportagem do New York Times. E aparentemente a Microsoft já está se preparando para o pior cenário e está pronta para contestar a decisão da FTC no tribunal.
A analista antitruste da Bloomberg, Jennifer Rie, disse que não ficaria surpresa se o antitruste dos EUA levasse a aquisição ao tribunal, mas observa que em uma disputa legal a Microsoft poderia prevalecer. Nesse caso, porém, o tempo necessário para concluir a manobra além do prazo estabelecido pela gigante de Redmond, ou seja, 30 de junho de 2023, poderia ser estendido.
Outra opção para a Microsoft, embora irrealista, seria desistir da aquisição da Activision Blizzard se a FTC tentar bloqueá-la. Foi o que aconteceu em 1995, quando a empresa de Redmond abandonou a ideia de adquirir a Intuit Inc. para não se ver envolvida em uma longa disputa judicial.
Para Bloomberg, a melhor solução para a Microsoft seria tentar obter a aprovação do governo Biden e aceitar um acordo no qual se compromete a não negar títulos da Activision Blizzard aos concorrentes. Uma condição que por sinal não deve criar problemas para Phil Spencer. Dito isso, segundo o portal, ainda pode ser um caminho tortuoso, já que os órgãos antitruste americanos relutam em fazer acordos semelhantes.
Bloomberg diz que a FTC está adotando uma abordagem muito agressiva contra fusões, especialmente quando se trata de tecnologia e mercados digitais. Em julho, processou a Meta para impedi-la de comprar o aplicativo de fitness de realidade virtual Within, argumentando que isso poderia eliminar a concorrência em alguns mercados.