Aqueles que tiveram a oportunidade de ler a resposta da Microsoft ao documento do CMA (o órgão antitruste inglês) com o qual foi iniciada a fase 2 do processo de avaliação da aquisição da Activision Blizzard, definiram-no simplesmente brutal ao notar alguma bobagem, como o fato de a Sony ser citada 57 vezes, contra 10 vezes em que os consumidores são citados.
Esta é, obviamente, uma situação chocante, porque quase parece que o documento foi elaborado para agradar a Sony e reiterar seu ponto de vista sobre o assunto, ao invés de motivar novas investigações sobre o negócio, para proteger os consumidores.
O primeiro problema com o documento CMA seria que ele citava apenas os dados do Xbox, sem compará-lo com outros. Ao levar em conta apenas números de franquias como Halo, Forza e Gears, o Xbox foi feito para parecer mais forte no mercado do que realmente é.
Microsoft is user lawyer speak to outright suggest a pro Sony bias or conflict of interest present as it relates to Sony.
CMA is so much more interested in protecting Sony that they mention Sony 57 times and consumers 10 times. 5 to 1. Like Game Pass' growth since 2020 vs PS+😅 pic.twitter.com/CCXDuXw4x5
— Senjutsu Sage (@SenjutsuSage) October 18, 2022
Outras questões, como a questionabilidade da atratividade da série COD para os jogadores do Xbox e a força maior sobre outras franquias, como GTA, Fortnite, NBA 2K, Minecraft, Rocket League e FIFA, foram colocadas na balança e desafiadas. No entanto, é muito interessante que a Microsoft tenha negado a afirmação da CMA sobre a existência de documentos que demonstrariam o desejo de roubar a franquia Call of Duty da PlayStation, acusando substancialmente o órgão inglês de ter dito uma falsidade.
De fato, se esses documentos não existissem, seria um grande problema para o CMA. A resposta da Microsoft continua com acusações veladas contra a Sony de ter falsificado alguns dados, para chegar a denunciar o preconceito a favor da empresa japonesa. Veja aqui o número de vezes que a Sony é mencionada no documento CMA, que como já mencionado é enorme em comparação com as citações do consumidor. De fato, pergunta-se quem está tentando proteger a entidade neste momento, já que ela parece ter abraçado plenamente o ponto de vista de apenas uma empresa.
No entanto, veremos se a resposta da Microsoft será eficaz ou se o antitruste inglês continuará em seu caminho.