Há alguns dias voltamos a falar sobre Scalebound, dada a insistência de Hideki Kamiya no desejo de ressuscitar o jogo, e é interessante um pano de fundo revelado por JP Kellams, ex-produtor da PlatinumGames, que informou que a Microsoft não tem nada a ver com a inclusão do multiplayer cooperativo no título que posteriormente foi cancelado.
É um detalhe interessante porque derruba a narrativa que foi criada em torno de Scalebound e seu famoso cancelamento, que se junta ao pedido de desculpas de Kamiya sobre a responsabilidade pelos problemas que surgiram durante o desenvolvimento.
Respondendo a um usuário do Twitter que reiterou a visão um tanto consolidada na comunidade gamer, ou seja, o fato de que o jogo teria sido um ótimo single player se a Microsoft não os tivesse forçado a incluir o multiplayer cooperativo de 4 jogadores, Jean Pierre Kellams relatou: “Eles quem, exatamente? Porque eu era o produtor criativo e fui eu quem apresentou o projeto antes mesmo do acordo ser assinado, ninguém nunca falou sobre isso. Era literalmente SEMPRE um multiplayer cooperativo para 4 jogadores.”
Them being who, exactly? Because I was the creative producer, and I pitched the game before it got signed, and no one ever said that. It was literally ALWAYS 4 player co-op.
— JP Kellams (@synaesthesiajp) February 9, 2022
Alguns criaram a narrativa na comunidade gamer que o fracasso de Scalebound foi derivado do pedido da Microsoft para incluir um multiplayer cooperativo de 4 jogadores em um jogo que parecia configurado para um jogador, mas forçando a PlatinumGames a uma área com a qual era menos familiar, mas aparentemente não havia base sobre a qual construir essas condições.
Assim como Kamiya havia sugerido que os problemas de gerenciamento de projetos também derivavam do Platinum, a declaração de Kellams revela outro histórico interessante, a saber, o fato de que foi a equipe de desenvolvimento japonesa que quis tentar o caminho do multiplayer cooperativo desde o início. Enquanto isso, Hideki Kamiya relatou mais uma vez que ainda acredita no Scalebound e quer conversar com a Microsoft sobre isso, acrescentando que não está brincando.