Uma grande notícia que certamente tem potencial para abalar o mundo dos games acaba de ser dada. A FTC, órgão de proteção antitruste dos EUA perdeu nos tribunais e não conseguiu obter a liminar para bloquear a mega aquisição. Dessa forma, a Microsoft está livre para concluir a compra da Activision Blizzard por lá.
Esta é uma vitória importante para a Microsoft, que neste momento muito provavelmente decidirá concluir a aquisição da Activisin Blizzard já nas próximas horas ou dias, contando também com o consentimento da Comissão da União Europeia e de um bom número de outros países que aprovou a manobra.
Nesse caso, embora a verdadeira batalha judicial com a FTC esteja marcada para o início de agosto, é provável que o antitruste americano desista de vez para atrapalhar a operação, pois seria muito difícil dissolver a fusão.
Os únicos obstáculos para a Microsoft no momento são representados por alguns países que negaram ou parecem dispostos a bloquear a aquisição. O mais difícil de superar é representado pelo Reino Unido, onde a CMA decidiu bloquear a aquisição da Activision Blizzard por possíveis perigos à competitividade no mercado emergente de jogos em nuvem. A gigante de Redmond já apelou ao CAT para anular esta decisão, mas o resultado pode demorar muito e não ser positivo.
No entanto, o Reino Unido pode não ser o obstáculo intransponível que muitos acreditam. Segundo fontes da Mlex e da Bloomberg, a Microsoft está avaliando uma série de formas de contornar esse obstáculo e, por isso, prosseguir com a aquisição até 18 de julho de 2023, que é o prazo acordado com a Activision Blizzard.
Em uma decisão apresentada hoje, a juíza Corley disse o seguinte:
A aquisição da Activision pela Microsoft foi descrita como a maior da história da tecnologia. Merece escrutínio. Esse escrutínio valeu a pena: a Microsoft se comprometeu por escrito, em público e no tribunal a manter Call of Duty no PlayStation por 10 anos em paridade com o Xbox. Ela fez um acordo com a Nintendo para trazer Call of Duty para o Switch. E fez vários acordos para trazer pela primeira vez o conteúdo da Activision para vários serviços de jogos em nuvem. A responsabilidade deste Tribunal neste caso é estreita. É para decidir se, apesar dessas circunstâncias atuais, a fusão deve ser interrompida – talvez até encerrada – enquanto se aguarda a resolução da ação administrativa da FTC.
Pelas razões expostas, o Tribunal considera que a FTC não demonstrou probabilidade de prevalecer em sua alegação de que essa fusão vertical específica nesse setor específico pode diminuir substancialmente a concorrência. Pelo contrário, a evidência recorde aponta para um maior acesso do consumidor aCall of Duty e outros conteúdos da Activision.
Assim, REJEITA-SE o pedido de liminar.
Com a liminar rejeitada, a Microsoft está totalmente liberada para concluir e comprar de fato a Activision Blizzard nos Estados Unidos. Um mercado importantíssimo e que era o mais aguardado.