[Ideias de Spencer] E se o Xbox 360 tivesse hardware customizavel? Mudaria algo nessa geração?

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O mundo gamer ficou espantado com algumas ideias sugeridas por Phil Spencer, o líder da divisão de jogos da Microsoft. Enquanto uma boa parte de jogadores acharam que seria a morte do Xbox (como sempre!), especialistas no ramo como o cofundador da Epic Games ficou com receio de que houvesse monopólio por conta da Microsoft. Pensamentos extremos não?

Em suma, a Microsoft está a criar uma plataforma universal com o Windows 10, e é por isso que ela faz de tudo para o sucesso deste sistema, como liberá-lo gratuitamente e oferecer vários jogos exclusivos para aumentar ainda mais a migração entre os jogadores.

Nessa plataforma universal, um único jogo criado poderá ser executado no PC e no Xbox – “faça um e ganhe por dois $$”. Quer fazer jogo para Xbox? Logo, terá a versão para PC “como brinde”. Dessa forma, se o Windows 10 expulsar o Windows 7 da vida dos gamers, a Microsoft entrará na briga com um só produto contra os consoles e a Steam.

Além disso, assim como ocorre nos PCs, os consoles serão “infinitos“, no sentido da retrocompatibilidade. Quando a Microsoft lançar o hipotético “Xbox Two”, os novos jogos poderiam continuar saindo para o Xbox One só que com configurações mínimas, enquanto no novo console teriam configurações altas ou recomendadas – algo que os “PCistas” conhecem bem.

Para acabar de completar, a Microsoft poderia lançar algo simples, como uma troca de HD (que todo mundo faz sem reclamar), mas ao invés disso, troca de peças para ampliar o poder do console. Claro que para isso conquistar sucesso teria que ser mais barato que comprar o “Xbox Two”, é óbvio.

Muita mudança não é mesmo?

E se o Xbox 360 tivesse seguindo essa estratégia?

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Uma família de produtos – uma plataforma – uma loja

Estimasse que são mais de 80 milhões de consoles Xbox 360, muitos desses usuários migraram para o Playstation da Sony, é verdade. Porém, se a nova “teoria” da Microsoft já tivesse em prática…

  • A Microsoft iniciaria a geração com 80 milhões de consoles, porém em configurações “mínimas”. Dessa forma, a desenvolvedora criar um jogo que rodava em PCs e consoles mais modestos e outro que rodasse no console da nova geração e em PCs top de linha. Largaria na vantagem.
  • Pela retrocompatibilidade “infinita” similar aos PCs, muita gente não mudaria de plataforma para não perder seus jogos já adquiridos.
  • Crossbuy seria uma realidade. Sabemos que os jogos até agora estão mais baratos na Windows Store – principalmente se mudar de região.
  • Xbox 360 é mais barato que o Xbox One, muita gente compraria o aparelho para no futuro realizar o upgrade.
  • Seria possível executar aplicativos universais como o Facebook, Instagram, Twitch, jogos populares para smartphones, realizar trabalho da escola com o office, e tudo mais. Lembre-se que já está confirmado que este tipo de app será lançado para Xbox One.
  • Para a Microsoft fechar parcerias exclusivas entre o Xbox e o PC seria muito simples, e para Sony mais difícil.
  • Jogos populares de PCs estariam no Xbox 360.
  • e por aí vai…

E o lado ruim?

Bem estamos falando de ideias oriundas de dois sujeitos que, até agora, são altamente respeitáveis: Phil Spencer e Satya Nadella. Ambos, são considerados por revolucionar a Microsoft – claro que cada um na sua competência. Nadella, por exemplo, fez e faz a recita ($$) da empresa ficar bem elevada. Não são amadores.

Porém, estamos a falar da Microsoft. Se este modelo fosse proposto pela Valve ou Sony,  muitos diriam o “Xbox estaria morto” e bateriam palmas, samos que o fanatismo por marcas impera. O público gamer é diferente, eles não olham para as novidades com bons olhos, principalmente se forem da Microsoft – isso a E3 de 2013 mostrou.

Contudo, Nadella não quer sangrar dinheiro a cada abertura de geração de console com exclusivos, marketing, resoluções, quedas de preço, etc. O novo modelo propõe algo mais estável para a Microsoft.

Para ser sucesso, o console Xbox será console, terá que sair com o poder mínimo para durar a geração inteira ao lado da Sony, mas se você quiser mais poder, terá – quem deve escolher é o jogador. Se for assim, não vejo motivo para não dar errado.

Mas repito, o público gamer é diferente, entretanto, acredito que Spencer vai saber lidar com isso na hora certa. Pode parecer loucura levar jogos do Xbox One para o PC, mas mais loucura ainda é a Microsoft ter um ecossistema tão poderoso e não uni-los.

19 comments on “[Ideias de Spencer] E se o Xbox 360 tivesse hardware customizavel? Mudaria algo nessa geração?

  1. desculpe o pensamento, mas depois de ver 3 xbox 360 queimados consecutivamente um apos por um único dono e a microsoft não fazer nada por ser comprado fora do brasil…. esqueço do xbox 360 e suas luzes do apocalipse.

    1. Complicado mano… Eu estou usando a FreeStyle Dash para aumentar a velocidade do cooler e conseguir jogar tranquilo, porém isso deveria vim de fabrica, e aumentar/mudar a qualidade da placa do Xbox360

      1. pois é, o problema dos video games antigos, é que são customizados para trabalhar no limite do hardware. esse upgrade era feito na mão grande pelos usuários, desisti dos videogames depois que o projeto do dreamcast foi abandonado.
        meu amigo continuou no primeiro xbox e colocou aquele chip SD com o xbmc… foi um pulo de gato, uma inovação que infelizmente a microsoft demorou pra perceber, mas o hardware era muito bom, devo dizer. no xbox 360 o gargalo voltou… gerando uma quantidade de calor absurda.

        1. Sim, e o hardware do One é “maior”, digamos assim, pra ter uma boa ventilação. Esse problema de queimar vários Xbox 360 logo no começo do console deixou a Microsoft bem traumatizada quanto a isso.

          1. Uma coisa que aprendi com computadores, é que o “pacote” processador, placa mãe e processador. Não é muito vantajoso de fazer upgrade.
            Placas de video, por causa do directx12, não fazem muito sentido se o custo inicial já for alto.
            Discos secundários ou ssd, fazem mais sentido. Watercooler faz sentido.

          2. Então, lag nos jogos não necessariamente é a memoria, internet lenta, super aquecimento do vg e problemas de hd podem ocasionar isso.

  2. Bom, o What’sapp Beta para o Windows Phone foi atualizado, agora ele enviar arquivos em PDF e agora podemos enviar qualquer tipo de arquivo de vídeo superior a 16 MB que ele irá comprimir como do Android e o IOS faz.

  3. [HELP ME] Lumia 625 com windows 10 build 10586.107 não recebe notificações do app “mensagens + skype”, e nem aparece para ligar/desligar nas “configurações + ações”…. alguem pode ajudar???

  4. OFF: whatsapp Beta atualizado com funcionalidade de envio de PDF. É galera, estamos pau a pau com as outras plataformas, pelo menos no quesito WhatsApp rsrs que coisa boa. Ponto pra equipe de devs!

  5. A proposta da MS não é um hardware “atualizável” (como um PC), mas sim que seriam lançados consoles com hardware mais recente/potente (como um smartphone), o sucesso dessa estratégia depende MUITO do preço e de como ficará os modelos mais “antigos” nessa historia.
    Hoje vc pode comprar um console e ficar 5 anos sem se preocupar com nada, bom pro usuário mas ruim pros desenvolvedores pois a evolução fica estagnada nesse tempo (todo usuário de PC, sabe BEM disso), 5 anos nesse mercado é MUITO tempo, se hoje os consoles atuais tem performance de PC mediano, daqui a 3 anos terão de PC de entrada, um modelo mais potente a cada 2 anos, por exemplo, diminuiria muito esse problema, pois manteria os consoles sempre próximos ao oferecido nos PCs, na teoria seria bom pros 2, consoles e PCs.
    Se isso vai ser bom pros consumidores? Depende do ponto de vista, para aqueles que compram o console no inicio de geração e não pretendem investir mais durante muito tempo pode ser ruim, pois as produtoras certamente vão dar preferência aos modelos mais potentes (pois teriam menos limitações) e isso certamente vai prejudica-los (elas não vão se preocupariam em otimizar nada), mas para aqueles que querem sempre ter o melhor (não esqueça que lá fora os consoles custam menos que muito smart) seria muito bom, é a garantia que sempre procuraram, pras produtoras então, seria excelente, menos limitações e menos otimização que é igual a mais rapidez e menos custos.

    1. Muito bem analisado. Basta pensarmos que se a idéia é poder desenvolver um jogo que rode em PC e XBOX certamente que essa atualização tardia dos VG atrapalhará bastante os desenvolvedores e a nós também. Só ver que a qualidade gráfica de um mesmo jogo é bem superior num PC(que tenha uma configuração decente) do que num XBOX. Concordo que o preço será um item crucial. E quando falamos de preço no Brasil eu de cara já não me animo muito.

  6. A ideia do console atualizável creio que não será de podermos trocar peças, mas creio eu que será igual as Steam Machines, onde teremos hardwares mais parrudos e mais modestos.
    Os jogos seriam feitos para rodar por exemplo 1080p 30fps para o modelo mais básico, com configurações equivalentes ao low de um PC, e o mais poderoso rodaria por exemplo 4k 60fps equivalente ao ultra do PC.
    Realmente o modelo dos consoles está muito datado, e é inviável ficar 6 anos ou mais com o mesmo hardware, e se lançar um novo, os futuros jogos não rodarão na geração anterior.
    É uma proposta ousada, mas acho que a Microsoft vai transformar o Xbox em uma marca de maquinas de jogos, e deixará de ser um console como conhecemos atualmente.

  7. “Crossbuy seria uma realidade. Sabemos que os jogos até agora estão mais baratos na Windows Store – principalmente se mudar de região.”

    Ou seja, mais baratos com gambiarra. A microsoft não aprova esse negócio de mudar de região…

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