Diferente dos PCs, a Lenovo não conseguiu se dar bem com a Motorola

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A Lenovo é a atual líder em vendas no mercado dos PCs, seguido pela HP e Dell. A sua história neste mercado começou em 2004, quando a empresa comprou a divisão de PCs da IBM. Inegavelmente, foi um ótimo negócio. Esta divisão era uma das líderes na época e a Lenovo conseguiu obter projeção mundial. Foi essa estratégia que ela quis trazer ao comprar a Motorola Mobility, mas até agora não deu certo.

A Lenovo comprou a Motorola em 2014, quase dez anos depois do acordo com a IBM. Parecia também uma boa compra, parecia. A Lenovo já produzia celulares, mas só tinha destaque na China. Além disso, o valor pago até que era convidativo: US$ 2,91 bilhões, bem menos do que os US$ 12,5 bilhões desembolsados pelo Google —relembrando, a companhia era a dona da Motorola Mobility naquela ocasião.

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Os péssimos resultados fiscais em 2016, e a queda da Motorola como uma das as cinco maiores companhias do mercado global de smartphones já indicaram que as coisas não estavam bem.

WSJ.com fez uma análise interessante a este respeito, e afirmou que a situação só piorou de lá para cá. A Motorola era a terceira do ranking mundial quando estava nas mãos do Google, mas, com a chegada da Lenovo, virou a oitava. E olha que a meta, quando a aquisição foi anunciada, era fazer a Motorola brigar fortemente pela segunda posição.

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Em 2016, a Lenovo apresentou prejuízos. Isso não acontecia desde 2009! E grande parte deste problema foi devido a compra da Motorola, só nos Estados Unidos foram demitidos mais de 2 mil funcionários.

Lembra que a Lenovo era muito procurada na China? Após a Motorola, perdeu território dentro de casa. Estima-se que, em 2015, apenas 200 mil aparelhos Motorola tenham sido vendidos por lá. No mesmo período, a Xiaomi vendeu 65 milhões de unidades, explica o WSJ.com.

É certo que a Lenovo deve buscar novas estratégias, talvez reduzir o número de “Moto” e tentar se destacar de um mercado tão saturado e concorrido que são os smartphones. Enfim, a Lenovo conseguiu (e consegue) se dar bem com os PCs – quem diria.

Fonte: Wall Street Journal

32 comments on “Diferente dos PCs, a Lenovo não conseguiu se dar bem com a Motorola

      1. Sim, o problema é q as pessoas não compram celulares igual se compra comida… E existe diversas marcas por aí, se não for competitivo com preços bons, vai dar prejuízo mesmo.

      2. Como você nunca pergunta nada para mim, me atrevo a responder 🙂

        ”Pelo menos você consegue comprar um Moto Alguma Coisa em vários países.”

        Ué mesmo podendo não ta vendendo kkkkkk diferente a referencia que quis usar pois realmente não tem para vender.

    1. Mas a Motorola fazia sucesso, quando era o Google existia o chamado “custo benefício” , um moto de custava 1500 e vendia bastante principalmente no Brasil, depois nas mãos da Lenovo com preços ala iPhone que começou a desandar , ela é vítima dela mesmo, foi até impressionante o moto z ter vendido Mais de um milhão de aparelhos no ano passado com esse preço.

      1. Em 2013 me lembro de ter pago pouco mais de R$ 2,40 no dólar turismo, na mesma época do lançamento do Moto X. Em 2015/2016 a cotação explodiu. Então, além da Lenovo, cabe um pouco de culpa sobre o câmbio também.

    1. Smartphone não vai.
      Mas que um “Surface Phone”, vai ser difícil recursar. A líder dos PCs ficar de fora disso? Sei não, bem ou mal a HP e Dell estão confirmadas.

  1. Depois que ela comprou, os preços dos Moto aumentaram, as atualizações estão mais demoradas (quando atualiza) e estão mexendo na interface do Android. Ta pedindo pelo fracasso.

  2. A Motorola estava ótima nas mãos do Google tanto em vendas como em produtos, tudo o que a lenovo fez foi piorar a marca.
    A concorrência é fortíssima e se a marca não trouxer algo relevante ela não vende, simples. É possível sim se sair bem no mercado, há exemplos disso.

    1. Mas ai que ta o problema amigo… O que fazer de relevante com o Android? Algumas pegam os melhores processadores, telas curvas e tentam aproveitar ao máximo, câmeras duplas e só… O que o sistema que ser ainda mais versátil para uma empresa faça algo… A única vantagem do Android hoje são os apps apenas.

      1. Criar recursos que as pessoas precisem oras, porque você acha que as empresas investem em pesquisa e desenvolvimento? Não apenas em software mas também em hardware, ambos são igualmente importantes.
        Se o Android sem vantagens como você diz domina imagina e ele tivesse alguma não?

      2. Mas afinal é isso que o povo quer, quer um bom SMARTPHONE com um bom tamanho de tela com uma boa câmera e um design bacana e pronto, eles não tão nem aí CE vai inovar ou não, o importante eles já tem , quem fica atrás de inovação é nós que visitando sites de tecnologia todo santo dia, apesar de eu ter contente com meu note 5, o software da Samsung já tem de tudo.

        1. É o que tem para comprar não o que as pessoas querem…. As empresas vivem tentando passar que os consumidores precisam disso, tela maior com mais resolução, processador potente mas você precisa realmente disso todo ano?

          1. As empresas não tenta impor nada, é uma simples evolução de tempo com base no uso dos consumidores.

      3. Resguardadas as devidas proporções, o que de relevante ocorreu no Windows Desktop nas últimas décadas? Muitas facilidades, é claro, aumento de segurança, mudanças de interface, que mais?

        As maiores novidades ficam sempre por conta de:
        a) avanços no hardware e na integração hardware x sistema operacional. Podemos citar mudanças de arquitetura (32/64 bits ARM/X86)
        b) disponibilização de novos acessos e recursos via API’s.
        c) novos aplicativos.

        Nos dois primeiros casos, abre-se o caminho para novos aplicativos. Um hardware mais avançado permite que aplicativos realizem tarefas mais pesadas, que antes eram impossíveis, como aplicações de biometria, processamento de video e realidade aumentada. Câmeras que se saiam bem em diferentes condições de luminosidade ainda são um desafio, frente as limitações de tamanho dos sensores – mesmo com tecnologias que possam compensar a baixa iluminação, como os sensores retroiluminados.

        A disponibilização de novos recursos e acessos ao S.O. igualmente permite que novos aplicativos sejam desenvolvidos. Por exemplo, a possibilidade de preencher senhas em outros apps pelo LastPass só é possível porque existe uma API que, com a permissão do usuário, dá este tipo de acesso.

        Finalmente, os próprios aplicativos em si são um fator de evolução. Portanto, o ponto em comum é exatamente este: os aplicativos. Fazendo juz ao nome de “Sistema Operacional”, essa camada de software está ali para operacionalizar o hardware e conceder acesso seguro aos recursos do sistema, tanto aos usuários, através de ferramentas de autenticação como senhas, pins e biometria, quanto aos aplicativos, através de API’s, espaços de armazenamento, compilação (JIT no android / MSIL no caso do Windows), execução de aplicativos em sandboxes, etc.

        É por isso que, embora a MS possa ter um notável sucesso com a futura e necessária evolução do Windows Mobile, ela ainda esbarrará no ponto crucial dos aplicativos, que são os verdadeiros responsáveis pela experiência do usuário com o dispositivo, seja ela um PC, surface, smartphone ou algo da misteriosa categoria dos “Surface Phone”.

        Assim, tem-se que nada de relevante foi feito no Android, no sentido em discussão, assim como também nada de relevante foi feito no Windows. O que pode ser relevante, e isto é realmente importante, é a possibilidade de rodar aplicativos X86 localmente em nossos smartphones utilizando recursos como o Continuum. Mas não devemos nos esquecer que o ChromeOS roda sobre uma base Linux, assim como o Android. Termos no futuro um dispositivo capaz de rodar aplicações em .NET (Mono) e mesmo X86, além de Android, não é uma possibilidade que possa ser descartada, embora pareça bem mais distante que um “Continuum com upgrades” que esperamos ver em breve.

        Resumindo, o que vemos é que, sempre, toda evolução do S.O. gira em torno dos aplicativos. Dar aos desenvolvedores API’s, recursos, para que eles possam desenvolver experiências inovadoras e, em alguns casos, exclusivas para a plataforma. As inovações do S.O. se traduzem na prática com os aplicativos com os quais o usuário interage, com algum tipo de tela inicial e algum método de desbloqueio.

        1. ”Resguardadas as devidas proporções, o que de relevante ocorreu no Windows Desktop nas últimas décadas? Muitas facilidades, é claro, aumento de segurança, mudanças de interface, que mais?”

          A história do Windows conta por si só, não foi apenas facilidades, segurança ou interface que mudou ao longo das últimas décadas… teve os vários conceitos em uso de um sistema operacional que foram copiados mais tarde, foram as várias tendências criadas que foram aproveitadas por outros sistemas, foram vários os erros cometidos pela Microsoft que forçaram a empresa a mudar. Erros esses, que também serviu de base para todos os sistemas até hoje… Arquitetura 32/64Bis, leitor de digital, concessão do usuário alterações do sistema? Tudo isso o Windows já apresentou no passado. O Windows deu utilidade a alguns hardwares e também serviu para mostrar outras novas tecnologias bastante uteis, hoje com o Windows 10 você consegue ver ainda mais a relevância do sistema operacional para o mercado atual, as várias novas possibilidades que a Microsoft deu ao seu sistema e que está sendo aproveitado por várias empresas… Não se mede a relevância de um sistema olhando superficialmente como tentou me explicar, o Android até hoje viu a evolução do hardware mas não acompanhou, a Microsoft por outro lado consegue usar a evolução natural dos hardwares implementando funções no seu software para aproveitá-los ao máximo…

          Só o fato de que foram várias as empresas que cresceram com Windows (Google ainda ganha muito com ele) já mostram a importância do sistema operacional da Microsoft.

          Hoje a moda são os apps e a Microsoft sabe disse tanto que criou ferramentas para converter seu arsenal em .EXE em apps executáveis, ela sabe que os apps são importantes e por isso está estruturando todo o Windows para aproveitar ao máximos os dispositivos com ARM.

          1. Ninguém disse que o Windows, de modo geral, não é relevante ou importante (leia o texto novamente, a restrição temporal e as proporções da comparação).

            Você está distorcendo a realidade para defender o sistema de um ataque que não foi feito, por isso nem responderei os outros pontos de sua reposta.

  3. O mercado tá tão saturado de Android que acontece isso, apenas mais do mesmo. Mesmo fazendo modificações na interface do software, no final é a mesma coisa. É o preço que se paga pelo monopólio de apenas um sistema móvel. O iOS nem conta, porque só quem compra é quem tem dinheiro ou quer ostentar que come camarão, mas vive na farofa de ovo. Por isso que torço para que o Windows finalmente esse ano decole, e que a Microsoft dê mais valor as parcerias, pra que a gente tenha opção!!!!
    Ah se ainda existisse o Symbian, se o Firefox OS não tivesse sido descontinuado tbm…

  4. A linha G4 da motorola é uma das maiores responsáveis por essa queda lançaram três versões de um aparelho que antes era apenas 1 o que gerou uma certa confusão no usuário mais casual, o preço de toda a linha tmb aumentou e o moto G que antes era um ótimo intermediário barato passou a ser um intermediário caro, enquanto outras empresas fizeram o caminho inverso de melhorar e baratiar seus intermediários a lenovo motorola procurou se aproveitar de sua posição de destaque no mercado pra colocar vários modelos e aumentar os preços deles achando erroneamente que com mais aparelhos no mercado eles iam vender mais, sem falar que tmb que os modelos G4 tão bem abaixo do padrão motorola em design e evolução de hardware com o G4 play estando abaixo do moto g3 e saindo mais caro, e o moto G4 perdido no meio e o g4 plus que poxa parece que colocaram aquele leitor de digitais nos últimos segundos como um remendo de tão mal adaptado ao modelo que ficou.

  5. Enquanto apenas citava o WSJ estava indo bem. O problema da Lenovo foi justamente deixar o nome forte da Motorola de lado, decisão da qual ela voltou atrás. A companhia queria impor sua marca, ignorando as diferenças culturais, como citado no WSJ, mas isso não deu certo. A Motorola tem tradição e um público, que se não é grande como da Samsung é fiel aos princípios da marca.

    Prova de que a empresa voltou atrás é que agora os dispositivos vem com o carimbo “Moto” e até a célebre frase “Hello Moto” voltou para a animação de boot e um update recente. A empresa ainda deverá trazer de volta o Moto X, que foi deixado de lado em 2016. Portanto, veremos mais aparelhos da linha “Moto” e não menos, especialmente em países em que ela tem forte presença, como Brasil e Índia.

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